sexta-feira, 23 de maio de 2008

NOVO LIVRO DE LÍDIA JORGE


O GRANDE VOO DO PARDAL



Henrique Gaspar, um homem do campo, muito dedicado à natureza, não gostava de pardais. Gostava de todo o tipo de bichos com asas, menos de pardais. Penso que era mais forte do que ele.

Certo dia, um pardalito perneta apareceu-lhe no jardim. Henrique Gaspar ficou furioso e preparou-se para o enxotar da sua propriedade a pontapé. Mas foi impedido de enxotar o pobre pássaro: um retrato emotivo e sensível de uma amizade especial entre um homem e um pássaro.

O grande voo do Pardal é a primeira obra para a infância da consagrada escritora Lídia Jorge.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

DIÁLOGO


Diálogo entre um pássaro e uma árvore


Era uma vez uma árvore que estava à beira de um rio. Essa árvore tinha muitas flores e depois muitos frutos. A árvore era grande, era uma macieira. E também havia um pássaro que era uma pomba e que se chamava Coral; ela, quando pousava na árvore, ia alimentar-se dos seus frutos deliciosos.

Mas, um dia, construiu um ninho na árvore e a árvore disse:

- Não me comas mais frutos!

- Eu, em breve, não te comerei mais frutos, porque chegou a hora de pôr os ovos no meu ninho e... - esclareceu a Coral.

- Está bem, desde que não comas os meus lindos frutos.

- Eu, a partir do momento em que nasçam os pombinhos, não te comerei mais frutos.

- Melhor para mim; vou ter uns frutos muito grandes!...

- Enquanto choco os ovos não posso comer; e... quando for comer, tu ficas a tomar conta dos meus ovos?

- Só o farei se não comeres os meus frutos!

Passaram muitos anos e a Coral e a árvore continuavam as melhores amigas que algum dia o mundo tinha visto.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

DIA DA MÃE- 4 DE MAIO

Neste dia tão especial, a mãe pode receber ROSAS, um POEMA, um LIVRO...

POEMA À MÃE
No mais fundo de ti
Eu sei que te traí, mãe.
Tudo porque já não sou
O menino adormecido
No fundo dos teus olhos.
Tudo porque ignoras
Que há leitos onde o frio não se demora
E noites rumorosas de águas matinais.
Por isso, às vezes, as palavras que te digo
São duras, mãe,
E o nosso amor é infeliz.
Tudo porque perdi as rosas brancas
Que apertava junto ao coração
No retrato da moldura.
Se soubesses como ainda amo as rosas,
Talvez não enchesses as horas de pesadelos.
Mas tu esqueceste muita coisa;
Esqueceste que as minhas pernas cresceram,
Que todo o meu corpo cresceu,
E até o meu coração
Ficou enorme, mãe!
Olha - queres ouvir-me?
-Às vezes ainda sou o menino
Que adormeceu nos teus olhos;
Ainda aperto contra o coração
Rosas tão brancas
Como as que tens na moldura;
Ainda oiço a tua voz:
Era uma vez uma princesa
No meio do laranjal...
Mas - tu sabes - a noite é enorme,
E todo o meu corpo cresceu.
Eu saí da moldura,
Dei às aves os meus olhos a beber.
Não me esqueci de nada, mãe.
Guardo a tua voz dentro de mim.
E deixo as rosas.
Boa noite.
Eu vou com as aves.
Eugénio de Andrade,
Os Amantes sem Dinheiro




CONCURSO DE LEITURA


Para comemorar o Dia Mundial do Livro, a nossa escola promoveu mais uma vez o Concurso de Leitura junto dos alunos do 2º ciclo. Este concurso foi da iniciativa do grupo disciplinar de Língua Portuguesa do 2º ciclo e contou com a colaboração dos serviços da BE/ CRE. Todas as turmas participaram entusiasticamente com o seu representante.

Deste concurso, que consistia em dar "Voz ao Texto", resultaram dois grandes vencedores pela forma teatral como leram os textos. No 5º ano, venceu o Tiago Gonçalves da turma B; no 6º ano, venceu a Laura Inês Araújo Almeida da turma D.

Todos receberam um diploma de participação, tendo os vencedores recebido um diploma distinto e um livro que será entregue a seis de Maio, aquando da visita de António Castanheira à nossa escola, para a realização de um espectáculo na nossa biblioteca.

O dia 23 de Abril ficará sempre como uma data a festejar com os nossos melhores leitores.