domingo, 13 de abril de 2008

O AMANHECER


“O selo e a rosa”


Era uma vez uma rosa que andava sempre triste, porque não tinha companhia.
Certo dia, um selo passou por lá e viu a rosa triste; por isso encostou-se para ela contar o que se passava:
- Eu estou abandonada neste jardim; todas as plantas que estão aí não falam comigo - disse a triste rosa.
- Por que é que elas não falam contigo? - perguntou o selo.
-Porque eu já estou a ficar velha! – respondeu -lhe.
-Não estás nada! – Acrescentou o selo.
- Então, o que devo fazer?
- Não sei! - Respondeu ele.
- Já sei, eu posso vir amanhã aqui e fazer-te um feitiço para ficares mais bonita e o resto é segredo – Afirmou o selo.
- Boa ideia! - Exclamou ela.
- Está a escurecer, vou-me embora.
- Adeus!
- Adeus!...
Adormeceram os dois, “o selo e a rosa”, cada um no seu canto.
A rosa sonhou que era famosa e rica.
O selo sonhou que se tornou o maior selo do mundo.
Já era de manhã; a rosa estava ansiosa que o selo chegasse, por isso parecia um pouco nervosa.
O selo chegou e disse:
- Bom dia.
- Bom dia! – disse, alegre, a rosa.
- Então o que se passa? Não começas o que me disseste? - Murmurou a rosa.
- Está bem!
- Aí vai, estás preparada? - Perguntou ele.
- Sim!

- Plim, plim,
pli, pli,
pa, pi
a rosa que seja bonita já e
um namorado terá - Dizia o selo.

O selo pegou num espelho para a rosa se ver e ela disse:
- Obrigada, estou muito feliz.
- Quem é aquele? - Perguntou a rosa.
- É o teu namorado!
- O meu namorado? - Perguntou ela.
- É.
O selo foi-se embora e a rosa e o lírio ficaram a conversar.

1 comentário:

Flor Negra disse...

Quem sou eu?
Ningém sabe
Só eu sei.
Só não sei porque vivemos neste mundo
Será um sonho em conjunto ?
Ninguém sabe
Nem eu sei.