quinta-feira, 27 de março de 2008

A MINHA VIDA NUMA PÁGINA


Nasci no berço de uma família simples e honesta,
às 10.00 horas da manhã do dia 19 de Janeiro, numa cidade
lindíssima, Chaves, a minha terra natal.
Até aos 2 anos de idade, vivi em Chaves, mas depois
o meu pai arranjou trabalho em Braga e, por isso, viemos para cá.
Andei no Jardim de infância de Amares, onde conheci muitos
amigos e muitos deles estiveram sempre comigo na escola. Quando fiz 6 anos,
fui para a escola primária, que ficava mesmo à beira da minha casa; foi uma mudança simples, nada mudou, acho que até fiquei mais contente por saber que estava a crescer.
Posso dizer que a infância foi muito dolorosa para mim, pois, quando tinha apenas 9 anos, andava no 4º ano de escolaridade e Jesus levou a minha querida irmã para o seu lado: fiquei muito triste, mas acredito que, se Jesus assim o fez, é porque era o melhor, e sei que estando ao pé de Deus, está em segurança, está com os anjos. Mas a partir daí, nunca mais tive o mesmo sorrir, nem o mesmo brilhar de olhos. Na altura, ainda era muito nova e por isso não tinha bem a noção das coisas, mas tanto os meus pais, como o meu irmão e toda a minha família sofreram muito.
Quando me mudei para a escola do 2º ciclo é que foi uma mudança radical, pois a escola era maior e havia mais salas: era muito diferente, tinha mais professores enquanto na primária só tinha uma. Mas habituei-me, pois vi logo que a escola do 2º ciclo era muito melhor.
Até ao 12º ano, estudei em Amares, mas quando o terminei mudei-me para Braga, onde tirei o curso de cardiologista na Universidade do Minho.
Aos 20 anos, escrevi o meu primeiro livro «Serei Capaz»; nesta altura ainda ganhei mais força para continuar o curso. Aos 23, escrevi novamente um livro «Porta Aberta», um romance, sem dúvida inesquecível; durante o meu curso, escrevi vários livros, entre eles «Coração Profundo», «Senhora do meu nariz»; «Do início ao fim», «Páginas Abertas, concluindo tornei-me, numa escritora de sucesso.
Quando terminei o curso, fiz o meu estágio na Clínica de Santa Tecla, onde também tocava viola para todos os doentes, que quisessem. Isso fazia-me sentir bem comigo própria.
A minha carreira profissional como guitarrista, foi curta: tocava numa orquestra em Londres, mas como não tinha muito tempo, dediquei-me mais à escrita, deixei para traz a música e viajei bastante.
Quando tinha 31 anos, foi-me pedido que escrevesse um livro, o qual ia ser representado em cinema; fiquei entusiasmadíssima, mas não podia de um momento para o outro deixar os meus doentes. Então tive de conciliar a escrita com o trabalho. E assim o fiz e, no ano de 2030, o livro «Caminho Perdido», foi um sucesso e o filme ainda mais: com a colaboração de todos foi.
Lembro-me perfeitamente que passava todas as minhas férias, numa quinta, a quinta da Fonte Negra; era uma quinta que pertencia ao meu tio Artur, e que agora pertence ao filho, o Arturinho.
É daí que eu estou a escrever mais uma página da minha vida.
in Clube de Letras

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